Em Fortaleza, 270 trechos das vias urbanas passam por algum tipo de obra. As construções consideradas de grande porte, como a de dois viadutos no encontro das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, no Cocó, geram alterações de trânsito de maior impacto para a população. Obras para instalar cabos de fibra óptica, como as nove atualmente conduzidas por operadora telefônica, requerem menos espaço e implicam em interdição de faixas e mudanças na sinalização. O levantamento é da Coordenadoria de Fiscalização de Obras (Cofis) da Secretaria da Infraestrutura (Seinf).
As obras que tomam mais trechos são as de ampliação da rede de gás, de responsabilidade da Companhia de Gás do Ceará (Cegás). As intervenções acontecem em 103 pontos do bairro Meireles. Conforme explica Samuel Dias, titular da Seinf, os trabalhos são feitos na porção subterrânea das vias e causam poucos transtornos à população, com perfurações a cada 100 metros. Com as obras da Cegás no Meireles, a Secretaria Regional (SER) II é a que mais possui obras em andamento, tendo 139 no total. Aldeota, Papicu e Cocó também passam por modificações de drenagem, infraestrutura e mobilidade.
Obras de grande porte
Obras de grande porte
As obras de responsabilidade da Prefeitura se espalham por 99 frentes na cidade. A maioria é considerada de grande porte pela secretaria, que não especificou a localização dos trechos. Como exemplo, estão as 55 intervenções tocadas pelo Programa de Drenagem Urbana de Fortaleza (Drenurb). Para serviços de drenagem, terraplanagem e pavimentação, os transtornos são maiores pela interdição total das ruas afetadas. Ainda pela Prefeitura, as obras do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) em nove pontos da Capital causam desvios para a requalificação da malha viária e implantação de viadutos.
Em 16 trechos, o Governo do Estado realiza intervenções para os projetos do VLT Parangaba - Mucuripe e da Linha Sul do Metrofor. Pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), são 34 pontos alterados para a manutenção e instalação da rede coletora. A implantação de cabos de fibra óptica, feita pela Oi, acontece em nove pontos. Também em nove trechos a Seinf autorizou a realização de obras particulares que interferem nas vias e nas calçadas da cidade, como a construção do RioMar Shopping Fortaleza, no bairro Papicu.
Canteiro de obras
Canteiro de obras
“Hoje a sensação é de estar em um canteiro de obras. Basta ir para uma grande via que a gente sente os impactos”, afirma Samuel Dias. Para o secretário, tanta intervenção simultânea faz parte de uma retomada de investimentos na infraestrutura da cidade. “Fortaleza tem um déficit de muito tempo sem garantias para a mobilidade e a melhoria dos espaços urbanos”. De acordo com o secretário, a Seinf realiza planejamento para que a população não seja tão prejudicada pelas modificações na malha viária.
Na interseção da avenida Engenheiro Santana Júnior com a Padre Antônio Tomás, há a construção de um túnel sob uma rotatória em vista. Segundo Dias, a obra aguarda a conclusão de pelo menos uma das duas intervenções do Transfor já em andamento no entorno. O túnel no cruzamento da Via Expressa com a avenida Padre Antônio Tomás está previsto para maio do próximo ano. Já os dois viadutos no encontro das avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales têm previsão para setembro de 2014.
Saiba mais
De acordo com Samuel Dias, secretário da Seinf, Fortaleza terá volume ainda maior de obras em 2014 e 2015. O foco deve ser em locais fora do eixo Aldeota-Meireles, com a valorização de corredores de tráfego nos bairros Siqueira, Parangaba, Conjunto Ceará e Messejana, por exemplo.
Para 2014, estão previstas obras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), com projetos da Prefeitura aprovados pelo Governo Federal para a drenagem e pavimentação em pelo menos onze bairros de áreas consideradas entre as mais pobres: Coaçu, Lagoa Redonda, Canindezinho, Jangurussu, Curió, Paupina, Messejana, Ancuri, Mondubim, Presidente Vargas e Parque São José.
O próximo ano também deve ver o início das obras da Linha Leste do Metrofor, que ligará o Centro ao Edson Queiroz. Com 95% do percurso em trechos subterrâneos, o projeto prevê a construções de 11 estações até 2018.
0 comentários:
Postar um comentário